quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

GEOGRAFIA


CAATINGA


A relação do homem com a caatinga é muito antiga. Nos tempos pré-históricos, grupos nômades percorriam os sertões em busca de lugares mais favoráveis à sua permanência e a sua principal atividade que era a caça. Inscrições de 2000 a 3000 anos atrás, encontrados em rochas, revelam que o homem já cultivava, na caatinga, culturas de subsistência. Os índios que habitavam os sertões viviam da agricultura e da caça , mantinham uma relação harmônica e respeitosamente com a caatinga que, com a chegada dos colonizadores portugueses, foi bastante explorada. Com a expansão das culturas de cana-de-açúcar no litoral, o interior tornou-se resposável pela produção de gado que movia os engenhos de cana e abastecia de carne e leite as localidades litorâneas. Essa atividade levou ao surgimento de cidades, o que intensificou a agricultura no sertão e a destruição da caatinga pelo pisoteia do gado, pelas plantações de milho e feijão e pela a produção de lenha para alimentar as fornalhas das olarias e engenhos a vapor. Essas atividades ainda se mantém até os nossos dias, com praticamente as mesmas técnicas utilizadas no início da colonização, o que as forma ainda mais prejudiciais. Hoje o que existe é um quadro preocupante de destruição, onde grande áreas que outrora foram cobertas por vegetação de caatinga estão se transformando em desertos numa grande velocidade.
O termo caatinga tem origem indígena e foi adotado pelos primeiros cientistas que viajaram pelos sertões do Nordeste. Significa mata brana ou aberta, e se refere ao aspecto da vegetação no período seco, onde a maioria das árvores e arbustos perde as folhas. Em todo o Brasil a Caatinga chega a ocupar cerca de 1.000.000 km². abrangendo todos os estados da região e parte de Minas Gerais. As secas são comuns no Nordeste que possui um clima semi-árido, ou seja, um clima onda chove pouco(um a quatro meses por ano). Para resistir à falta d'água, as plantas da caatinga têm estratégias que as permitem sobreviver com sucesso num ambiente tão seco. Algumas sobrevivem apenas na forma de estruturas subterrâneas(batatas)que armazenam nutrientes, outras perdem as folhas e começam a "dormir" e algumas ervas sobrevivem deixando apenas sementes no solo. Com a chegada das chuvas, há uma explosão de vida, quando as folhas voltam a brotar, as sementes germinam e os tons acinzentados da caatinga dão lugar à diversidade multicolorida das flores. Os animais exibem-se para os seus parceiros, cantando, dançando ou apenas colorindo-se, sempre em busca do melhor par. É o momento da fertilidade. O que outrora pareceu triste e desolado, torna-se uma feliz mistura de sons, cores e movimentos. E assim é a caatinga um ciclo onde a vida sempre se renova, onde existe o eterno contraste entre o vivo e o morto, o fértil eo estéril, o belo e o feio.





*ANIMAIS DA CAATINGA



•Galo Campina (Paroaria dominicana)

Na época da reprodução o macho delimita seu

território com seu belo canto. Alimenta-se

de sementes, frutos e invertebrados.


•Camaleão (Iguana iguana)




- Réptil que tem como principal defesa

a capacidade de se camuflar (mudar de cor)

de acordo com o acordo com o ambiente em que

vive. Alimenta- se de folhas e insetos.



•Onça vermelha (Puma Concolor)




- O segundo maior carnívoro das Américas,

também conhecido como suçuarana, depende

de grandes ares desabitadas para sobreviver.

Em extinção.






• Preá (Cavia aperea)

-É um roedor de ampla distribuição

na América do Sul. Mede cerca de

25 cm de comprimento. Também

é conhecido pelo nome de bengo.

É aparentado com o porquinho-da-índia.

Fonte: Visita ao Seara (UFC)

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